Assim como um pneu é um pneu, Falcão é Falcão. E a crítica plantonista da MPB que o acate genial e definitivo como a posição de defecar. Ou pesquisem melhor o embrionário Strauss em suas valsas e guarânias experimentais. Poderíamos classificar Falcão como pós-moderno do barroco neo-clássico contemporâneo, de temática jazzística abolerada, animado pela preocupação estética de composição virtual fragmentária que faz da melodia polifônica a argamassa para acordes tão viperinos. Trocando em miúdos: é brega trópico-bossanovista pra Genival Santos nenhum botar defeito. A importância de Falcão, portanto, é tão somente essa: estar um passo adiante da MPB em termos melódicos e poéticos. Quem haverá de negá-lo?

Ranking da MPB segundo a indefectível classificação da revista "Melodias em Madrigal" da Editora "Só o Mie".