Bonito, Lindo e Joiado

Merenda Escolar

(Falc�o - Ben� Rodrigues)

Oh, baby

Eu mordi o seu cangote, baby

E senti um gosto estranho, baby

De cabo de guarda-chuva

Oh baby

Eu cheirei o seu sovaco, baby

E senti cheiro de povo, baby

Ou seria de cavalo?

Oh, baby

Eu lambi o seu ded�o do p�

E senti a import�ncia dele

No jogo do amor

Oh, baby

A cera do seu ouvido, baby

S� me faz lembrar

A merenda escolar

 

Canto Bregoriano II

(Falc�o - Tarc�sio Matos)

Se me tornei um pecador

E n�o segui a sua lei

N�o rogai por mim, senhor

Como manda o vers�culo 16

Tomai, comei, disse o senhor

Mas o senhor h� de notar

Que na circunst�ncia em que eu estou

Rerum Novarum � de lascar

Aporrinharei o senhor (aporrinharei)

Perturbarei o senhor (perturbarei, perturbarei)

Emputarei o senhor (����)

Enquanto o senhor n�o me pagar

Populorium progresso

Diz o ditado japon�s

Tudo o que eu tenho eu devo a ti

Dizia Machado de Assis

Veronia secula seculorum

Vivi nesta explora��o

Para o patr�o prolabore

E na patena vai o p�o

 

I'm Not Dog No

(Waldik Soriano - Vers�o: Falc�o - Tarc�sio Matos)

I'm not dog no, for live so humble

I'm not dog no, for you be so very far

You don't know understand who is love, who is like

E eu j� estou querendo stay here

And so there I go away

Worst thing of the world

Is to love very back

Who say no to big love

Doesn't matter to be happy

Oh, so little to be love

You should understand

That for you I have passion

For all I love, for love God

I'm not dog no

For all I love, for love God

I'm not dog no

 

V�o-se os Caba�os, Ficam-se os Desgostos

(Falc�o)

H� algu�m por perto querendo a lua

Bebendo mel, querendo comemorar

Algu�m que decerto deseja ter o grande prazer

De deitar na cama e repartir o bolo com voc�

Eu, pessoalmente, j� estive muito perto

Mas sigo o meu caminho reto

Embora j� tenha ouvido muita gente dizendo pra mim

Voc� � a flor que mais se cheira aqui

Essas priva��es, sofremos n�s, os anjos

Poetas l�cidos do carnaval

Mas a carbe � fraca e o boi n�o lambe

Pois o boi sabe a cerca onde fura

 

Sou Mais No Tempo do Figueiredo

(Falc�o - Tarc�sio Matos - Fl�vio D'Independ�ncia)

Sim, eu j� tomei um inseticida

Pois eu adoro essas comidas

Que v�m pra gente, l� dos EUA

Ora, mas se o que � bom pros Estados Unidos

N�o vai ser bom pro povo esgalamido

Enfraquecido, que nem n�s

N�s devia agradecer era a boa vontade

Deste povo amigo que, com caridade

S� querem ver � o nosso bem estar

Quero deixar registrada minha gratid�o

A essa grande organiza��o denominada FMI

Composta de homens �ntegros e justiceiros

Que em mat�ria de dinheiro

� s� quem sabe administrar

Vou-me embora desta terra

Let's go negrada

Se um dia eu me der bem

� mesmo que nada

Don't go, don't go away

Please don't go, don't go

 

O Amor Que Antes de Ser J� Era

(Falc�o)

Por detr�s daquela f�brica no Pirambu

Mora o dono da farm�cia

E o que tem a ver com as cal�a?

E por falar em farm�cia, eu me lembro

Da mo�a que morava numa casa

Poucas casas da casa onde eu morava

Ela era gordinha, magrinha, loirinha, moreninha, bonitinha, feinha

E n�o gostava de mim

E � porque meu pai tinha um parente

Que era amigo de um soldado

Que morava em frente � casa de um vereador

Mas eu vim-me embora e voc�

N�o passa de um ponto preto posto por uma mosca

No meu pensamento

E eu vim contando jumento na estrada

Pra lhe esquecer

E eu vim contando jumento na estrada

Pra lhe esquecer

 

S� � Corno Quem Quer

(Falc�o - Tarc�sio Matos)

A minha inten��o era acabar de vez com isso

Mas eu n�o consegui, devido � interven��o do bispo

N�o sei se foi Voltaire ou foi o bodegueiro que disse

Que o mundo n�o se acaba quando se ganha um par de chifres

Porque nos grandes lances da hist�ria universal

Sempre tem um corno com algum problema conjugal

Um homem tra�do, iludido e enganado

Ou � um homem perigoso, ou ent�o � um abestado

� preciso muito equil�brio emocional

Um corno esclarecido � sempre um corno legal

Perigo � o desvio objetal da tal libido

Pois a desilus�o o torna convencido

E o convencimento � algo assim mesmo cruel

Transforma o cidad�o num corno vingativo

O corno vingativo � aquele corno

Que quando sabe que a mulher o trai

Ent�o ele passa a dar o cu para se vingar

 

Oportunidade �nica

(Falc�o - Tarc�sio Matos)

No bairro da Maraponga vende-se casa

Moderna, lado da sombra, �gua encanada

Tr�s quartos, uma su�te, �nibus na porta

Cozinha, jardim de inverno

E depend�ncia completa de empregada

Financiamento da Caixa, e sem nenhum trabalho

Vem pra Caixa voc� tamb�m

Garagem para dois carros, lavanderia

Quintal com cacimb�o toda isolada

Port�o branco de ferro e campainha

Banheiro, biblioteca toda forrada

Financiamento da Caixa, e sem nenhum trabalho

Vem pra Caixa voc� tamb�m

Dispensa, taco nos quartos, m�vel embutido

Esquadria de alum�nio anodizada

Poupan�a facilitada e sem des�gio

Vizinha de um centro esp�rita

E quase em frente da delegacia

Financiamento da Caixa, e sem nenhum trabalho

Siga o rumo da venta, ou ent�o pegue um atalho

E voc� chegar� � casa do caralho

E voc� chegar� � casa do caralho

Vem pra Caixa voc� tamb�m,

Vem!

 

Desamassamento, Solda e Pintura

Falc�o

Doutor, pegue essa tesoura e corte

A minha singular�ssima pessoa

Coadjuvado por um ou dois especialistas

Insista em retirar a minha ves�cula

Invista contra mim com o maior verme, doutor

E estando os meus test�culos devidamente extirpados

Constate que o meu mal � um resfriado

Constate que o meu mal � um resfriado

Doutor, fa�a em mim uma incis�o

Me abra desde o umbigo ao cora��o

Munido de modernas ferramentas cir�rgicas

Aproveite e siga o meu rec�bito dorsal

E baseado num tratado de cl�nica geral

Declare depois de cauterizar o meu �nus

Que tudo n�o passou de um engano

Que tudo n�o passou de um engano

 

A Cura da Homeopatia Pelo Processo Macrobi�tico

(Falc�o - Tarc�sio Matos)

Eu vivia triste, encrisiado

Moribundo, empanzinado

Cheio de peitica, eu era um lascado

Vivia destiorado

Mas n�o era pra menos, eu s� comia

Folha de pau, raiz e vagem

Mel de abelha e gergelim

Arroz integral

Bife de soje, pepaconha

Ch� de boldo e pr�polis

Mas eu mudei minha alimenta��o

Gra�as ao Man� Bof�o

E passei a comer seguindo a sua orienta��o

Panelada, buchada

Sarrabulho, tripa de porco

Fu�ura, ling�i�a, rabada mi�do

Bife, passarinha, mocot�, carne de lata

Chouri�o, tutano, sarapatel

M�o de vaca

Hoje eu estou mudado

Bonito, lindo e joiado

Alegre, gordo e corado

Pare�o um artista

 

Um Bodegueiro na Fiec

(Falc�o - Tarc�sio Matos)

Voc� n�o faria a menor falta

Num dia de domingo no Beach Park

Eu n�o te levaria nem morta

A passear comigo no Iguatemi

Eu n�o me atreveria a passar vexame

Perante os meus amigos l� da Aldeota

Pois agora eu tenho o maior respaldo

Nas altas paneladas da alta sociedade

Eu sei que a burguesia fede

Mas tem dinheiro pra comprar perfume

E al�m do mais o high society

Leva chifre e n�o tem ci�me

Eu sou "in", n�o sou "out", eu sou VIP

Agora com voc� eu n�o quero nem ovo

Eu sei que o meu passado agora me condena

A sua presen�a s� me prejudica

Suja a minha gl�ria, borra a minha fama

Pois hoje eu sou pessoa muito benquista

Com muita influ�ncia no meio das rodas

At� j� fui chamado pra dar palpite

Na vida sexual da Primeira Dama

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